Medo do trânsito? Descubra como acabar com a insegurança para dirigir
A ansiedade é comum em recém-habilitados e até em motoristas mais experientes. Veja como acabar com a insegurança
Ficar inseguro é normal quando estamos começando qualquer
atividade, mas essa sensação pode ser ainda mais forte em quem acabou de passar
no exame de direção. Conseguir a habilitação é apenas o primeiro passo para ser um bom motorista, mas todo
novato sabe que a realidade do trânsito é bem diferente das aulas e simulações
da autoescola. Seguindo algumas dicas, é possível superar os medos e dirigir
com tranquilidade no pós-aprovação.
Instrutor de autoescola e associado ao Sindicato dos Empregados e Instrutores
de Autoescolas dos CFCs de Minas Gerais (Seame), Enrico Frandel lembra que a
insegurança não pode dominar as ações do novo motorista. Afinal, dirigir é
treino e prática, e a segurança vem com o tempo.
“Quando o
candidato faz as aulas regulamentares, ele aprende a tirar carteira, ou seja,
tem o treinamento direcionado para se habilitar, dirigindo com velocidade baixa
e trocando até, no máximo, a terceira marcha”, observa Enrico.
Com a Carteira
Nacional de Habilitação (CNH) em mãos, a primeira atitude deve ser conhecer o
próprio carro, pois é possível que o veículo utilizado nas aulas seja diferente
do que você vai guiar todos os dias. Ajuste os bancos e retrovisores, teste os
dispositivos internos e de iluminação e pratique passando as marchas e controlando
a embreagem.
Neste início
é bom começar devagar, por etapas. Saia da garagem com cautela, procure lugares
com pouco movimento de carros e pedestres e que demandem uma velocidade mais
baixa. A temida baliza, que é exigida no teste final para comprovar o domínio
total do veículo, agora pode ser feita com mais calma. Para isso, procure um
local tranquilo, para fazer sem pressão.
Outra boa
dica é solicitar a companhia de um condutor mais experiente, que possa dar
orientações e interferir, se necessário. Para dar essa segurança aos
motoristas, muitas autoescolas oferecem aulas para habilitados.
A gerente de
projetos Ana Paula de Vasconcelos precisou do serviço em 2016, quando trocou o
carro de transmissão automática por um manual, e ficava bastante insegura para
fazer controle de embreagem em subidas. O agravante era a localização da escola
da filha, de nove meses, que ficava numa rua muito íngreme. “Eu acabava
estacionando longe da portaria para evitar o morro, com receio de estacionar e
arrancar o carro no local correto, mas acabava tendo que andar alguns metros
com minha filha no colo”, conta. Ela procurou um instrutor que se dispôs a
entender as causas do receio, e forneceu alguns treinamentos feitos exatamente
no trajeto que ela precisava cumprir.
“O importante
é que o próprio motorista tenha o bom senso de avaliar suas habilidades e
preparação para o trânsito”, alerta Enrico Frandel. Ele lembra que cada caso de
insegurança precisa ser avaliado na sua individualidade. Se a razão do receio
for um trauma relativo a um acidente automotivo anterior, por exemplo, pode ser
mais eficaz buscar a ajuda de um psicólogo.
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