Saiba como se proteger da atuação de flanelinhas na capital
Recursos tecnológicos e outras providências podem ajudar a combater essa prática
Mais de 550 pessoas já denunciaram a atuação de flanelinhas em
Belo Horizonte desde que essa possibilidade foi disponibilizada pelo aplicativo
da prefeitura, o BH APP, em outubro de
2018. O problema é velho conhecido dos motoristas da cidade, que, enquanto não
conseguem ficar livres do inconveniente, buscam formas de se proteger.
A prática dos flanelinhas configura crime de tentativa de
extorsão, pois eles exigem do proprietário do veículo o pagamento em dinheiro
para usar um espaço de via pública, sob ameaça, velada ou não, de ser
surpreendido com danos no carro. Encontrar a lataria arranhada, amassada ou os
vidros quebrados ao retornar ao local onde estacionou são alguns dos receios.
Evitar deixar o carro em lugares com esse tipo de ação, como
entradas de casas de shows, é a principal de forma de não se tornar uma vítima.
Mas, quando isso não é possível, contar com uma proteção veicular pode garantir
mais tranquilidade.
A supervisora de atendimento da Proauto, Iolanda Campos, explica
que, em caso de vidros quebrados, não é necessário apresentar um Boletim de
Ocorrência para ter a cobertura da associação. Basta abrir a solicitação no site da Proauto, anexar fotos do vidro quebrado, cópia da CNH do motorista, de documentos
do veículo e comprovante de endereço. “Se for um dano mais leve e o cliente
tiver aderido ao serviço de pequenos reparos, também há cobertura, e o
procedimento é o mesmo”, orienta.
Exercício legal
da profissão
A Prefeitura de Belo Horizonte reforça que registrar a atuação
de flanelinhas pelo aplicativo é uma ação sigilosa, e importante para mapearem esse
tipo de crime e fazerem operações periódicas e programadas. Bastar apontar no
mapa o ponto onde ocorreu o problema, ou enviar uma foto da cena.
A única prática legal cadastrada na PBH é a de lavadores de
carros. Eles são prestadores autônomos de serviço, e podem negociar com o
motorista o valor a ser cobrado pela limpeza do veículo. No entanto, o uso da
vaga para estacionar não pode ser condicionado à execução desse trabalho. Há cerca
de 250 lavadores cadastrados no município.
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