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Covid-19 deve ser uma nova indicação para preservação da fertilidade

No mês de conscientização da infertilidade, preocupações sobre os riscos de transmissão para mulheres grávidas se tornaram um novo desafio


Créditos da imagem: gpointstudio/ shutterstock

Redação

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25/06/20 às 20:00
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Junho é reconhecido como o mês Mundial da Conscientização da Infertilidade e tem o objetivo de alertar a população para este desafio. A infertilidade é um problema que afeta tanto a mulher como o homem, a boa notícia é que, devido aos avanços da medicina e das técnicas de reprodução assistida, muitos casais conseguem realizar o sonho de ter filhos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um casal é considerado infértil quando não consegue engravidar após 12 meses mantendo relações sexuais sem o uso de métodos contraceptivos.

De acordo com o diretor da Clínica Origen, o médico Marcos Sampaio, estima-se que cerca de 15% dos casais enfrentam o problema, que pode ser agravado por hábitos de vida como tabagismo, ingestão de bebidas alcoólicas, obesidade e exposição ambiental a produtos químicos. Sampaio ressalta que é importante saber que as causas podem ser tanto da mulher como do homem. “Em geral, os fatores estão distribuídos igualmente entre homens e mulheres, além de um percentual sem causa aparente”, explica.

Mas, além dos problemas comumente conhecidos, a Covid-19 tem se tornado mais um desafio para os casais que desejam engravidar. Em 11 de março de 2020, a OMS declarou a doença de coronavírus uma pandemia. Desde então, todas as autoridades federais e locais, bem como agências reguladoras, desenvolveram políticas robustas para reduzir a disseminação da doença. Vieram ainda preocupações sobre os riscos para as mulheres grávidas e a transmissão materna para bebês. No que diz respeito à medicina reprodutiva, médicos e pacientes ainda estão procurando as melhores maneiras de enfrentar os desafios que estão por vir. “A Covid-19 pode ser uma nova indicação para preservação da fertilidade por um período, até o retorno completo da reprodução assistida”, comenta Marcos Sampaio. Ele destaca que é muito provável que todas as sociedades científicas da medicina reprodutiva publiquem suas diretrizes para orientar as autoridades locais e profissionais de medicina reprodutiva sobre o que seria a melhor conduta. “Para aqueles em quem o desejo de ter filho está latente, o ideal é procurar um especialista em reprodução humana que possa esclarecer as dúvidas e indicar o melhor caminho”, esclarece.

Por fim, vale destacar que é imprescindível que o casal infértil procure auxílio médico para que possam juntos buscar a solução que melhor se adapte aos seus interesses e às suas necessidades. Entre as opções de tratamentos existem inseminação artificial, fertilização in vitro, às vezes, basta a indução da ovulação com medicação para que o casal consiga efetivamente engravidar, em outros casos faz-se necessário um procedimento cirúrgico. Mas tudo isso vai depender de qual é o obstáculo que impede a gestação, bem como a identificação de qual é o momento no processo da concepção em que há erro. Por isso a importância de procurar um especialista em reprodução humana.