Cultura

Lucia Vulcano vai do punk ao indie em ‘Vim, Vi e me Fudi’, primeiro álbum solo

Vocalista e guitarrista do trio Pata explora vertentes distantes da banda em lançamento


Créditos da imagem: Violeta Andrada/Divulgação
Conhecida na cena punk de BH, Lucia explora estilos como indie e rock clássico em álbum que reflete sobre papel da mulher na sociedade

Redação Sou BH

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11/07/24 às 06:00
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Vocalista e guitarrista do trio Pata, a mineira Lucia Vulcano lança o primeiro álbum solo, ‘Vim, Vi e me Fudi’, em parceria com o coletivo de artistas Geração Perdida. Com o punk como base, mas explorando também o rock old school, baladas e indie rock, o disco de 8 faixas reflete as complexidades da vida adulta e aborda temas sociais profundos, incluindo o papel da mulher na sociedade contemporânea. A produção já está disponível nas plataformas digitais.

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“Viver é muito difícil. Quando somos crianças ou adolescentes, é sempre incentivado a termos sonhos, sermos criativos, querer algo a mais da vida. Mas a realidade de 90% do mundo é trabalhar para sobreviver. Não importa se você gosta ou não, se te faz mal, se te motiva, se você vê beleza. Temos que produzir, sem saber pra que e por quem. É sobre isso que eu tentei falar um pouco no disco”, comenta Lucia.

Quanto ao título do álbum, a explicação é simples: “o nome é uma adaptação da frase de Júlio César em latim, ‘veni, vidi, vici’, que eu achei mais apropriada para o contexto da minha vida”, ela detalha. A frase em latim atribuída ao general romano, bastante conhecida e referenciada na cultura popular, tem tradução em português como ” vim, vi, venci”.

Punk de BH com influências de Hole a Black Sabbath

Nascida em BH, Lucia traz a formação acadêmica em Música pela UFMG para uma obra que combina letras carregadas de emoção, com arranjos que variam do agressivo ao introspectivo. O álbum, que marca um novo capítulo em sua carreira musical, apresenta influências que vão desde bandas como L7, Bikini Kill e Hole, até referências do rock clássico, como Soundgarden e Black Sabbath.

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“Eu gosto muito de L7, Bikini Kill e Hole. Mesmo que musicalmente possa fugir um pouco do que eu faço, eu me inspiro muito nessas bandas para me motivar a compor e me desafiar em coisas novas. Mas também tem muita influência de Soundgarden, Black Sabbath, Ghost e até The Smiths. Não queria que o disco soasse agressivo o tempo todo, por isso me senti à vontade também de compor músicas mais lentas e introspectivas”, explica Vulcano.

Com ‘Ninguém manda em mim’ como primeiro single do projeto, Lucia Vulcano enfatiza a liberdade e autonomia feminina, desafiando normas sociais e patriarcais. Aos 36 anos, a artista revela uma faceta mais pessoal e reflexiva, explorando sonoridades e temáticas que capturam a essência de suas experiências e visões de mundo.