O concerto de quinta-feira (4) também terá transmissão ao vivo aberta a todo o público
Nesta sexta-feira (5) é celebrado o Dia Nacional da Música Clássica. Mas o público mineiro fã da música erudita não precisa esperar para comemorar a data. Nesta quinta-feira (4) tem inicio a temporada 2021 da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Às 20h30, na Sala Minas Gerais, no Barro Preto, o maestro Fabio Mechetti conduz a célebre e revigorante ‘Quinta Sinfonia de Beethoven’. A programação da noite tem ainda ‘Abertura Rosamunda’, de Schubert, e o ‘Concerto para contrabaixo nº 1’, de Bottesini, nos 200 anos do compositor italiano, que será interpretado por Neto Bellotto, principal contrabaixista da Orquestra. O concerto terá transmissão ao vivo aberta a todo o público pelo canal da Filarmônica no Youtube.
A programação de quinta-feira se repete na sexta (5), às 20h30. Ambas as apresentações terão presença de público, sendo que a venda de ingressos só está disponível para a performance de sexta, a partir das 15h de quinta, no site www.filarmonica.art.br ou na bilheteria da Sala Minas Gerais.
Segundo o maestro Fabio Mechetti, a programação reflete a perspectiva otimista da Orquestra para este ano. “Pensada para ser desenvolvida paralelamente ao retorno gradativo à normalidade, a temporada 2021 mostrará a força transformadora da boa música sinfônica através de um repertório estimulante, cativante e com solistas de grande relevância, desde nossos próprios talentosos músicos a nomes internacionais consagrados. Nossa programação revisitará mais uma vez as sinfonias de Beethoven, assim como celebrará importantes datas, como os 125 anos da morte de Carlos Gomes, os 100 de morte de Saint-Saëns e os 50 anos de morte de Stravinsky. Esperamos contar com a participação de todos, torcendo para que, ao longo do ano, possamos nos reaproximar cada vez mais de nosso público”, afirma.
Durante as apresentações, haverá um intervalo de 20 minutos, quando serão realizados os ‘Concertos Comentados’, palestras em que especialistas comentam o repertório da noite. A curadoria do projeto é de Werner Silveira, percussionista da Filarmônica, e o convidado dos concertos é Valdir Claudino, contrabaixista e professor da Escola da Música da Universidade do Estado de Minas Gerais. Claudino foi instrumentista da Filarmônica.
De acordo com a assessoria de imprensa da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, um rigoroso protocolo de segurança orienta a realização dos concertos para garantir a saúde do público, dos musicistas e da equipe técnica, como a limitação da presença de, no máximo, 393 pessoas por apresentação, o que corresponde a cerca de 26% da capacidade total da Sala (1.493 lugares). Além disso, o público terá sua temperatura medida antes do acesso à Sala Minas Gerais e será obrigatório o uso de máscara por todo o período de permanência no espaço.
Repertório
Franz Schubert (Viena, Áustria,
1797 – Viena, Áustria, 1828) e a obra Rosamunda:
Abertura, D. 644 (1820)
Quase dois séculos se passaram após a morte de Schubert, e
inúmeras questões sobre seu repertório permanecem sem resposta. Peça fundamental
do repertório sinfônico ocidental, a Abertura Rosamunda se
confunde com outra obra de mesmo nome assinada por Schubert. A partitura em
questão foi composta entre abril e agosto de 1820, em Viena, para a peça A
harpa encantada, brevemente encenada em agosto, gerando
críticas negativas e elogios mistos para Schubert. Uma outra Rosamunda,
desta vez a D. 797, serviu como abertura para a ópera Alfonso e
Estrella.
Giovanni Bottesini (Crema,
Itália, 1821 – Parma, Itália, 1889) e a obra Concerto para
contrabaixo nº 1 em fá sustenido menor (1892)
Por mais notável que tenha sido sua contribuição como diretor do
Conservatório de Parma (onde ficou
até sua morte), é no contrabaixo que encontramos a célebre contribuição de
Giovanni Bottesini. Admirado por seus contemporâneos, Bottesini encontrou em
seu Primeiro Concerto a medida perfeita entre o virtuosismo e
suas constantes visitas ao fosso de orquestra no papel de regente. Ainda que
seja mais do que um hábil exercício de instrumento, o Concerto para
contrabaixo nº 1 em fá sustenido menor é também uma obra de
superlativos: é, certamente, a última e mais madura, longa e difícil composição
para contrabaixo do compositor italiano. Depois de ter sido tocada em Lausanne
e Baden-Baden pelo próprio Bottesini em 1878, a peça desapareceu das
programações das salas de concertos por mais de cem anos, devido aos altos
requisitos técnicos que ela demanda.
Ludwig van Beethoven (Bonn, Alemanha, 1770 –
Viena, Áustria, 1827) e a obra Sinfonia nº 5 em dó menor,
op. 67 (1807/1808)
Embora os muitos esboços da Quinta Sinfonia datem já do início
de 1804, Beethoven trabalhou assiduamente na obra apenas em 1807 e terminou a
composição no início de 1808. Foi executada, pela primeira vez, no dia 22 de
dezembro de 1808, no Theater an der Wien, por um grupo de músicos recrutados
para a ocasião, sob a regência do próprio Beethoven. Nesse célebre concerto em
que foram estreadas várias obras importantes e longas, Beethoven ainda
sentou-se ao piano para uma série de improvisações.
Serviço:
Ingresso: R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 60 (Balcão
Palco), R$ 80 (Balcão Lateral), R$ 105 (Plateia Central), R$ 135 (Balcão
Principal) e R$ 155 (Camarote). Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após
a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de
baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
Sobre a Orquestra
A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação. Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas. O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, entre eles o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano. O CD Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, lançado em 2020 pelo selo internacional Naxos em parceria com o Itamaraty, foi indicado ao Grammy Latino 2020. A recente premiação dada pela Revista Concerto teve como tema “Reinvenção na Pandemia” e destacou as transmissões ao vivo de concertos realizadas pela Filarmônica em 2020, em sua Maratona Beethoven, e ações educacionais como a Academia Virtual.
Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, os Clássicos na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto. Além disso, desde 2008, várias cidades receberam a Orquestra, de Norte a Sul, passando também pelas regiões Leste, Alto Paranaíba, Central e Triângulo.
A Orquestra possui 9 álbuns gravados, entre eles dois que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty, com obras dos compositores brasileiros Alberto Nepomuceno e Almeida Prado. O álbum de Almeida Prado, lançado em 2020, foi indicado ao Grammy Latino de melhor gravação de música erudita. A Sala Minas Gerais, sede da Orquestra, foi inaugurada em 2015, em Belo Horizonte, tornando-se referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico e uma das principais salas de concertos da América Latina. A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Orquestra vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.
Os números da Filarmônica de Minas Gerais – [fevereiro de 2008 a março de 2020]
Os números da Filarmônica em ambiente digital – [março a dezembro de 2020]
Foto: Rafael Motta