Cultura

Lô Borges, alma do Clube da Esquina, morre aos 73 anos

Morre Lô Borges, aos 73 anos, ícone do Clube da Esquina e da MPB, deixando um legado de clássicos que marcaram gerações da música brasileira


Créditos da imagem: Reprodução
Lô Borges, ícone do Clube da Esquina, eternizado na música brasileira com suas canções que marcaram gerações Lô Borges, ícone do Clube da Esquina, eternizado na música brasileira com suas canções que marcaram gerações

Maria Clara Landim

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03/11/25 às 10:12 - Atualizado em 03/11/25 às 12:40
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O som de Minas Gerais perdeu uma de suas vozes mais emblemáticas. Lô Borges, cantor, compositor e um dos grandes idealizadores do movimento Clube da Esquina, morreu na noite deste domingo (2), aos 73 anos. Internado desde 18 de outubro no Hospital Unimed, em Belo Horizonte, o artista tratava de um quadro de intoxicação medicamentosa.

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Nascido em Belo Horizonte, Lô Borges foi um dos nomes mais influentes da música brasileira. Com apenas 20 anos, lançou ao lado de Milton Nascimento o álbum “Clube da Esquina” (1972), considerado uma das maiores obras da MPB e um dos discos mais importantes da história mundial da música.

Entre seus principais sucessos estavam “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, “Paisagem da Janela” e “O Trem Azul”, canções que marcaram gerações e consolidaram o legado poético e melódico do artista.

O movimento Clube da Esquina, criado na esquina das ruas Paraisópolis e Divinópolis, no bairro Santa Tereza, foi considerado uma revolução musical ao misturar MPB, rock, jazz, folk e sons clássicos. Desde então, o clube ganhou repercussão em Minas e no Brasil, transformando Belo Horizonte em um símbolo de inovação artística.

Mesmo distante dos palcos nos últimos dias de sua vida, o nome de Lô Borges continuou ecoando entre fãs, músicos e admiradores que acompanhavam com apreensão e carinho cada notícia sobre sua saúde.

O Governo de Minas lamentou a morte do cantor. “Um dos mais importantes nomes da música mineira, co-fundador do Clube da Esquina, Lô Borges foi um artista ímpar, que dedicou sua trajetória a enaltecer as belezas do estado e elevar a cultura regional ao mundo”, escreveu em nota.

O velório está marcado para esta terça-feira (4) no Foyer do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, segundo o comunicado.

“Sua partida significa uma grande perda para todos que defendem a cultura como caminho para valorização da identidade mineira. E seu legado irá perdurar em canções, poesias e na memória dos fãs. Neste momento de luto, o Governo de Minas se solidariza com a família, amigos e todos os que sofrem. Em reconhecimento à importância desse artista fundamental para a cultura mineira, o Governo do Estado informa que irá decretar luto oficial de três dias ainda nesta segunda-feira, em edição extra do Diário Oficial, e disponibilizou o Foyer do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes para a realização do velório na terça-feira (4/11).”