Morre Lô Borges, aos 73 anos, ícone do Clube da Esquina e da MPB, deixando um legado de clássicos que marcaram gerações da música brasileira
Lô Borges, ícone do Clube da Esquina, eternizado na música brasileira com suas canções que marcaram gerações
O som de Minas Gerais perdeu uma de suas vozes mais emblemáticas. Lô Borges, cantor, compositor e um dos grandes idealizadores do movimento Clube da Esquina, morreu na noite deste domingo (2), aos 73 anos. Internado desde 18 de outubro no Hospital Unimed, em Belo Horizonte, o artista tratava de um quadro de intoxicação medicamentosa.
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Nascido em Belo Horizonte, Lô Borges foi um dos nomes mais influentes da música brasileira. Com apenas 20 anos, lançou ao lado de Milton Nascimento o álbum “Clube da Esquina” (1972), considerado uma das maiores obras da MPB e um dos discos mais importantes da história mundial da música.
Entre seus principais sucessos estavam “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, “Paisagem da Janela” e “O Trem Azul”, canções que marcaram gerações e consolidaram o legado poético e melódico do artista.
O movimento Clube da Esquina, criado na esquina das ruas Paraisópolis e Divinópolis, no bairro Santa Tereza, foi considerado uma revolução musical ao misturar MPB, rock, jazz, folk e sons clássicos. Desde então, o clube ganhou repercussão em Minas e no Brasil, transformando Belo Horizonte em um símbolo de inovação artística.
Mesmo distante dos palcos nos últimos dias de sua vida, o nome de Lô Borges continuou ecoando entre fãs, músicos e admiradores que acompanhavam com apreensão e carinho cada notícia sobre sua saúde.
O Governo de Minas lamentou a morte do cantor. “Um dos mais importantes nomes da música mineira, co-fundador do Clube da Esquina, Lô Borges foi um artista ímpar, que dedicou sua trajetória a enaltecer as belezas do estado e elevar a cultura regional ao mundo”, escreveu em nota.
O velório está marcado para esta terça-feira (4) no Foyer do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, segundo o comunicado.
“Sua partida significa uma grande perda para todos que defendem a cultura como caminho para valorização da identidade mineira. E seu legado irá perdurar em canções, poesias e na memória dos fãs. Neste momento de luto, o Governo de Minas se solidariza com a família, amigos e todos os que sofrem. Em reconhecimento à importância desse artista fundamental para a cultura mineira, o Governo do Estado informa que irá decretar luto oficial de três dias ainda nesta segunda-feira, em edição extra do Diário Oficial, e disponibilizou o Foyer do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes para a realização do velório na terça-feira (4/11).”