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Folclóricos! Sete personagens que representam a cultura de BH

Repleta de histórias, capital tem personagens que se tornaram ícones da cidade



Créditos da imagem: Reprodução
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Celton é um dos personagens folclóricos de BH
Redação Sou BH
19/08/16 às 19:52

O belo-horizontino é, por natureza, um ser único. Seja pela capacidade de colecionar boas histórias, pelo talento para se destacar na cultura ou pela maneira irreverente (e desconfiada) de levar a vida. Natural, portanto, que nossa capital seja repleta de personagens com trajetórias únicas que conquistem o reconhecimento de milhares.

Para exaltar algumas dessas histórias de sucesso, o Sou BH preparou uma lista com seis personagens que fazem parte da mística cultura da capital. Tem escritor, cantor, compositor, humorista e, sem dúvidas, muita história a ser contada.

Confira a lista!

1- Celton
É difícil encontrar um belo-horizontino que não conheça essa figura. Também pudera, afinal, ele anda no meio dos carros com ternos de cores extravagantes e uma placa gigantesca. Nascido em Inhampin, no interior de Minas, Celton é uma das figuras mais icônicas de BH. Trabalhou como feirante, engraxate e até cientista, mas se encontrou mesmo como escritor de quadrinhos. Mesmo sem o apoio de uma editoria, ele resolveu que poderia divulgar seu trabalho de maneira autônoma.

Celton escreve, desenha, produz e vende suas criações. Sempre alegre, é uma referência nos sinais de trânsito de BH. Suas dezenas de histórias sempre são vividas na capital e retratam contos mitológicos, como o Capeta do Vilarinho e a Loira do Bonfim.

2- Chico Amaral
Você certamente conhece o Skank e seus quatro integrantes, tão famosos nacionalmente. Mas provavelmente pouco sabe sobre Chico Amaral. Ele é um saxofonista e compositor belo-horizontino que acumula grandes sucessos em sua carreira e uma alcunha curiosa: o "quinto Skank".

Chico é corresposável por canções como “Tão seu”, “Pacato cidadão”, “Acima do sol” e “Vou deixar”. Com essa última, inclusive, venceu o Prêmio Multishow de 2004 na categoria melhor canção. Também compôs sucessos ao lado de Milton Nascimento, Lô Borges, Erasmo Carlos e Ed Motta.

3- Juquinha
Ok, Juquinha não é bem personagem de BH, mas construiu sua história em um lugar bem próximo da capital. Esse andarilho foi uma lenda na região da Serra do Cipó, no fim da década de 1970. Por lá, ele caminhava pelas montanhas e sobrevivia com o que encontrava na natureza.

Juquinha interagia com os visitantes nas trilhas e cachoeiras da Serra do Cipó e, assim, tornou-se uma figura emblemática na região. Diz a lenda que ele morreu e voltou à vida durante seu velório. Um "causo" mal explicado. Juquinha faleceu (de verdade) em 1983 e anos depois ganhou uma estátua dentro da área de proteção ambiental da serra.

4- Geraldo Magela
Ele já vendeu picolé, foi locutor de loja, radialista e até vendeu bilhetes da loteria. Mas Geraldo Magela sempre foi predestinado a fazer o que mais gosta (e sabe): proporcionar gargalhadas. Esse belo-horizontino levou o nome da capital por todo o país com suas piadas irreverentes, muitas delas zombando de si próprio, por conta de sua deficiência visual.

Muitos de seus casos engraçados têm locais de BH como cenário, a exemplo da Praça 7 e da antiga União dos Cegos, no bairro Santa Tereza.

Mesmo famoso nacionalmente, Geraldo encontra até hoje espaço em sua agenda de shows para se apresentar em bares, restaurantes e teatros de Belo Horizonte. Afinal, o povo mineiro foi sua primeira plateia.

5- Roberto Carlos
Nascer na periferia de BH e ser internado na Febem aos seis anos de idade. O contexto poderia indicar uma história triste e trágica, mas este belo-horizontino soube traçar uma trajetória espetacular. Roberto Carlos Ramos passou por isso e, hoje, é um dos pedagogos e escritores mais respeitados do Brasil.

Quando era morador de rua, aos 13 anos, ele foi encontrado por uma francesa, que o tirou de BH e o levou para o país europeu. Por lá, aprendeu a ler e escrever, e desenvolveu seu talento para a escrita. Voltou ao Brasil e formou-se em pedagogia na Universidade Federal de Minas Gerias.

Hoje, Roberto Carlos é um personagem tradicional do cenário de BH e compartilha seu exemplo de vida em todos os cantos do Brasil, idealizando e apoiando projetos sociais. Para conhecer mais sobre sua vida, basta assistir ao filme O Contador de Histórias, de 2009 (confira o trailer).

6- Jean Walker
Esse é um personagem que ganhou notoriedade a partir das redes sociais. Em 2011, um vídeo do taxista Jean Walker cantando sucessos do eterno Michael Jackson caiu na web, com repercussão internacional. Não demorou para o conteúdo viralizar e, em consequência, Jean virar uma celebridade.

O vídeo foi um pontapé inicial para Jean iniciar sua trajetória como cantor, passando por programas de TV em várias emissoras do Brasil. O mais curioso é que todo esse sucesso aconteceu sem o taxista falar inglês. Um típico caso no qual o talento supera obstáculos.

7- Rúbia Mesquita
Nascida em Lagoa da Prata, Rúbia tornou-se uma figura marcante no cenário belo-horizontino. Professora infantil, ela apareceu para o grande público como apresentadora do programa TV X, na TV Horizonte, sempre com um largo sorriso no rosto.

Depois de cativar as crianças de BH, Rúbia formou-se em artes cênicas e deixou a TV. Hoje, ela tem um blog, dedica-se a trabalhos teatrais e também ministra cursos de capacitação para professores e pais.