Fundada em 2009, a banda mineira Black Machine se tornou uma instituição do Soul em BH e para que curte artistas como James Brown, Isaac Hayes, Sandra de Sá, Tim Maia e Gerson King Combo. A festa de celebração dos 15 anos do grupo acontece no dia 12 de outubro (sábado), às 21h, num grande baile na Autêntica (rua Álvares Maciel, 312 – Santa Efigênia). A noite ainda terá Carlos Dafé, grande referência da black music no Brasil e a cantora Augusta Barna, jovem talento das Minas Gerais, DJs e celebração do aniversário do dançarino Lord Tuka, referência da comunidade soul na capital. Os ingressos têm preço único de R$ 40. Disponíveis no Sympla. 

Black Music no Brasil

A Black Music se consolidou no Brasil na década de 70, com todo um código de comportamento, moda e música que aproximava a juventude negra brasileira do “Black is beautiful” da comunidade negra estadunidense. Neste movimento, os bailes foram personagens centrais, afinal foi no ambiente das quadras, ao som de Funkadelic, The Meters, Aretha Franklin, entre outros, que os chamados Blacks surgiram. Muito mais que uma moda passageira, como muitos diziam, o que surgia naquele contexto foi um movimento que tornou-se um estilo de vida, a exemplo dos dançarinos da capital mineira que, décadas depois daquele surgimento, se reuniam em espaços como o Baile da Saudade e o Quarteirão do Soul. Além de se manter como um movimento cultural autônomo, principalmente em Belo Horizonte, o soul gerou herdeiros como é o caso do rap e do funk brasileiro, além de influenciar toda uma geração de artistas que beberam diretamente daquela fonte, a exemplo de Jorge Ben, Hyldon, Cassiano e Carlos Dafé, que ganhou a alcunha de “Príncipe do Soul” e é um dos convidados da noite de celebração dos 15 anos da Black Machine.

Leia mais: Do brega e samba ao trap: conheça as novas atrações do festival Sarará