Transmitidas de geração em geração, lendas continuam a alimentar o folclore e o imaginário dos belo-horizontinos, mantendo viva a aura de mistério que cerca a capital mineira
Belo Horizonte, além de sua rica gastronomia, beleza natural e arquitetônica, é também palco de uma série de lendas urbanas que alimentam a imaginação e os temores de seus habitantes. Estas histórias arrepiantes, transmitidas de geração em geração, continuam a alimentar o folclore e o imaginário dos belo-horizontinos, mantendo viva a aura de mistério que cerca a capital mineira. Conheça algumas dessas histórias que circulam pelas ruas da cidade.
A Loira do Bonfim, sedutora e misteriosa, assombra os arredores do cemitério do bairro que leva seu nome. Diz a lenda que ela atrai homens para sua casa, que nada mais é do que o próprio cemitério, onde desaparecem misteriosamente entre os túmulos. Segundo a lenda, contada pelos mais velhos, esta foi uma das primeiras histórias de fantasma da cidade e existe desde 1919.
Na penumbra das ruas do bairro Lagoinha, uma figura espectral tem perturbado a paz dos moradores por décadas. Conhecido como o Avantesma da Lagoinha, este ser é o combustível para incontáveis histórias assombrosas e é temido pelos moradores do bairro, onde, segundo relatos, já descarrilou bondes com sua presença assustadora e seu riso diabólico. Mesmo com o desaparecimento dos bondes, sua figura ainda é avistada, agora assustando motoristas de ônibus.
Expulsa de sua casa para dar lugar à construção de Belo Horizonte, Maria Papuda amaldiçoa a cidade, sendo avistada na Avenida Afonso Pena, lamentando sua perda e amaldiçoando o progresso que a expulsou.
Segundo relatos, uma mulher despossuída, após perder tudo e ser exilada para a periferia, decide assombrar o Palácio da Liberdade, até então, residência dos governadores de Minas Gerais e agora aberto ao público, como forma de vingança e protesto contra as injustiças sofridas em vida.
Na rua do Ouro, no bairro Serra, um enigma anual desafia a lógica e atiça a curiosidade dos moradores. Vestido com a elegância de uma era passada e com um guarda-chuva na mão, o fantasma da Serra é uma visão que desafia o tempo, com um terno bem talhado que remete aos primórdios da capital mineira, quando Belo Horizonte começava a se desenhar no mapa do Brasil como a recém-nascida Cidade Jardim. Diz a lenda que ele era um funcionário público obrigado a se mudar de Ouro Preto para Belo Horizonte.
Quando a Moça Fantasma aparece na Savassi, um aroma de jasmim e dama da noite preenche o ar. Ela desce a Serra do Curral em busca de um amor perdido, desaparecendo com o amanhecer.
Durante um concurso de dança nos anos 1980, um homem com chapéu revela seus chifres, causando pânico entre os presentes. Dizem que ele era o Capeta do Vilarinho, cuja aparição assustou a todos na Avenida Vilarinho, em Venda Nova.