O Teatro Francisco Nunes, em BH, celebra 75 anos de história, palco de Fernanda Montenegro, Maria Bethânia, Chico Buarque e Gilberto Gil
Teatro Francisco Nunes BH recebe shows, peças e festivais, mantendo viva a tradição cultural e artística de Belo Horizonte
O Teatro Francisco Nunes completa 75 anos neste ano de 2025, se consolidando como o espaço cultural mais antigo em funcionamento da capital mineira. Surgido em caráter temporário, para atender à demanda crescente da música erudita na cidade. Na década de 1940, artistas e instituições, como a Sociedade de Concertos Sinfônicos e a Sociedade Coral de Belo Horizonte, pressionaram o poder público por um espaço adequado para apresentações.
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Assim, em 1950, a prefeitura inaugurou o teatro, inicialmente chamado Teatro de Emergência, no Parque Municipal. O arquiteto Luiz Signorelli, orientado a seguir o estilo modernista de Oscar Niemeyer, projetou a primeira obra com traços modernos no centro da cidade, com destaque para a marquise ondulada, que se mantém até hoje.
Nos primeiros anos, o teatro recebeu principalmente música erudita, mas também abriu espaço para outras manifestações artísticas. Dercy Gonçalves apresentou teatro de revista, e, em 1953, Fernanda Montenegro estreou na capital com o espetáculo “Mulheres Feias”. Com o fortalecimento da música popular brasileira nos anos 1970, nomes como Gilberto Gil, Maria Bethânia, Chico Buarque, Caetano Veloso e Rita Lee subiram ao palco do Francisco Nunes, consolidando a importância cultural.
O teatro também desempenha papel formativo, especialmente com o público infantil. Além disso, ele recebe festivais importantes, como FIT-BH, FID e FAN, e apresenta uma programação diversa que vai da música clássica ao hip-hop, do teatro popular ao experimental.
No entanto, o espaço também enfrentou momentos de ostracismo após os anos 2000. Mesmo assim, o teatro manteve-se como palco vivo, passando por reformas em 1981 e entre 2009 e 2014, que modernizaram equipamentos e estruturas.
Hoje, o Teatro Francisco Nunes continua atraindo artistas e público, consolidando-se ao longo de 75 anos como um espaço de formação, fruição e diversidade cultural.
