Câncer de mama: não é só o corpo que precisa de tratamento
Durante o tratamento, o sofrimento emocional pode ser combatido com a ajuda de um psicólogo
Quando falamos sobre câncer, duas
coisas vêm à cabeça imediatamente: a doença
e o paciente.
Os dois sujeitos não estão no mesmo time e travam uma batalha nada fácil.
Mas, fora de campo, existem fatores e pessoas que podem fazer diferença no
jogo. Um deles é o acompanhamento psicológico.
Procurar um psicólogo desde o momento do diagnóstico é essencial para a recuperação do paciente e bem-estar durante o tratamento. Segundo a psicóloga do Instituto Mário Penna, Gizelle Mesquita Evangelista, especializada em psico-oncologia, o início da doença gera muitas dúvidas, insegurança e medo no paciente. Junto com a equipe médica, o profissional de psicologia consegue trabalhar vários pontos do câncer de mama com o paciente e também com a família.
“Nosso trabalho é tentar desmitificar a doença, enfrentá-la e empoderar o paciente diante do tratamento. O ideal é que o paciente faça o acompanhamento uma vez por semana e se precisar atendemos os familiares também”, explica a psicóloga.
O acompanhamento psicológico vai do diagnóstico até o fim do tratamento. O psicólogo, especializado em psico-oncologia, desenvolve seu trabalho em parceria com toda a equipe médica que faz parte do tratamento do paciente, incluindo o oncologista, o mastologista e os enfermeiros, para que a mulher esteja amparada e segura durante todos as etapas da doença.
“O sofrimento emocional pode prejudicar o tratamento, por isso a saúde emocional é extremamente importante na recuperação de um câncer de mama”, ressalta Gizelle.