Fazer o bem faz bem, segundo especialista

Por Débora Gomes, jornalista Sou BH

Desde a sua infância, dona Maria das Graças sempre atuou como voluntária em paróquias da pequena cidade Santo Antônio do Monte. O costume veio de casa, com o exemplo da mãe e do pai. Hoje, Maria das Graças administra, junto com o marido, Wander, o Espaço W11, que empresta suas dependências para projetos sociais no bairro Estoril, na região Oeste da capital.

Pode até parecer clichê, mas a frase “fazer o bem faz bem” é pura verdade. De acordo com o especialista em Programação Neurolinguística, Mário Quirino, o ato de ajudar é benéfico para todos, independente de quem seja. “Ajudar o outro faz bem para a alma, para o coração e para as pessoas beneficiadas. A pessoa se sente em paz consigo mesma e satisfeita por fazer bem a quem precisa, seja com abraço, palavras, atenção, dinheiro”, explica o especialista.

Segundo ele, o carinho, a doação e o amor funcionam como alimento para nós. “A sensação de ajudar o próximo aumenta a paciência e a tolerância, diminui os problemas e libera energias positivas. A pessoa se sente mais leve ao doar um pouco do seu tempo, da sua sabedoria, das suas coisas a quem realmente precisa”, conclui. Por isso, quando praticamos o bem, temos a impressão de estarmos cheios de amor e de uma alegria que parece querer transbordar.

Dona Maria que o diga. Há mais de dez anos, ela e o marido, em parceria com a Associação Ponto Cultural, disponibilizam as quadras de futebol society e o espaço interno do W11 para a realização de oficinas da organização não governamental. Ali, as crianças tem acesso a atividades como balé, futebol e percussão. “É gratificante constatar que estamos ajudando”, avalia Maria. Para ela, a maior recompensa vem da felicidade das crianças. “Aqui elas ficam felizes, têm segurança e fazem o que gostam. A realidade deles fora daqui é muito sofrida”, completa.

Mário Quirino indica a prática do bem. “Ajudar pessoas nos tornam mais humanos, principalmente em um momento em que a sociedade enfrenta uma inversão de valores”, diz e indica: praticar o bem deve ser um exercício diário. “Todos saem ganhando”, completa.

Agenda do bem

No dia 8 de novembro, sábado, BH recebe a edição 2014 da campanha nacional de Coleta de Alimentos. O projeto consiste em arrecadar em supermercados da capital alimentos para instituições que necessitam. Ao todo, cerca de 30 supermercados da capital e região metropolitana participam da iniciativa este ano.

Funciona assim: quem entra nesses estabelecimentos participantes é convidado pelos voluntários a doar um (ou a quantia que quiser) alimento para o projeto. Para saber mais sobre a campanha ou se tornar um voluntário, é só acessar o site ou a página no Facebook para mais informações.