Riso para todos

Promover o riso e transformar cenários de vulnerabilidade em ambientes harmônicos e saudáveis. Essa é a importante missão do Instituto HAHAHA, organização cultural não governamental sem fins lucrativos, formada por artistas, gestores culturais e profissionais da saúde, que atuam no programa de intervenções de palhaços profissionais para crianças hospitalizadas. 

Criada em 2012 dentro da ONG Doutores da Alegria, a instituição tem o compromisso de expandir a atuação dos palhaços em hospitais e reafirmar o sentimento de pertencimento e de identidade do programa para Minas Gerais, dando continuidade ao trabalho iniciado em Belo Horizonte, em 2007. 

Segundo um dos atores do Instituto, Eliseu Custódio, o grupo possui a expertise de levar intervenções de palhaços profissionais para ambientes hospitalares e vulneráveis. “O Programa de Intervenções Artísticas de Palhaços Profissionais às Crianças Hospitalizadas é o nosso DNA. Seguimos com o desafio de continuar essa obra com toda a personalidade e potência do território mineiro, com a colaboração das variadas comunidades que envolvem esse trabalho: artística, hospitalar, empresarial, sociedade e governo”, afirma. A instituição vive por meio de leis de incentivo e doações de pessoas físicas e jurídicas.

Cultura da alegria

De acordo com Eliseu, além dos hospitais públicos, a atuação do Instituto se estende a outros espaços. “É preciso construir espaços de risos e favorecer a cultura da alegria. Pesquisas mostram que a intervenção contínua de artistas especialmente treinados pode gerar oportunidades para a experiência da alegria como fator potencializador de relações saudáveis. Acreditamos que a intervenção cênica do palhaço pode inspirar pessoas, e pessoas inspiradas podem promover verdadeiras transformações”, destaca.

Em 2014, quatro hospitais públicos de Belo Horizonte receberam as intervenções artísticas do HAHAHA. De janeiro a setembro, foram atendidas 17.580 crianças hospitalizadas e, em 2015, estão previstos 33.000 atendimentos às crianças hospitalizadas, a seus pais, acompanhantes e comunidade hospitalar. Em média, 30.000 pessoas por ano, além do público nos hospitais, presenciam suas atuações em outras ações artísticas.